Notícia
Atividade e emprego na construção seguem em queda em março, diz CNI
25/04/2016
A atividade e o emprego na indústria da construção mantiveram a queda no mês de março, informou nesta segunda-feira (25) a Confederação Nacional da Indústria (CNI) com base em pesquisa realizada entre 1º e 13 de abril com 547 empresas do setor.
No mês passado, o índice de atividade da construção subiu 2,3 pontos percentuais, na comparação com fevereiro, para 37,5 pontos, enquanto o indicador do nível de emprego avançou 1,1 ponto percentual, somando 36,6 pontos.
Apesar do aumento, a CNI informa que valores abaixo dos 50 pontos ainda indicam "retração na atividade e no emprego e atividade abaixo do usual". A entidade observou que os indicadores se mantiveram em março "muito abaixo dos 50 pontos."
A indústria da construção operou em março com 57% da capacidade, alta de 1 ponto percentual frente a fevereiro, informou a pesquisa da CNI. Com isso, a utilização da capacidade de operação ficou 10 pontos percentuais abaixo da média histórica para março.
"A utilização da capacidade de operação permanece muito baixa, o que corrobora com o cenário de fraca atividade do segmento da construção”, avaliou a CNI.
Insatisfação com finanças
Ainda de acordo com a CNI, o aprofundamento da crise econômica se reflete na insatisfação recorde com as finanças das empresas do segmento.
"Os índices de satisfação com a margem de lucro, que registrou 28,8 pontos no primeiro trimestre deste ano, e o de satisfação com a situação financeira, com 33,3 pontos, atingiram o piso da série histórica iniciada no quarto trimestre de 2009", acrescentou a entidade.
Valores abaixo de 50 pontos sinalizam "insatisfação com a margem de lucro e com as condições financeiras".
Dificuldades
Entre os problemas enfrentados pela indústria da construção, a CNI informou, com base na pesquisa, que a "elevada taxa de juros" passou a ser a principal preocupação no primeiro trimestre deste ano, apontada por 39,4% dos empresários.
A demanda interna insuficiente foi o segundo maior obstáculo, com 35,7% das assinalações, seguida da inadimplência dos clientes, com 31,1% das respostas.
Já a "alta carga tributária", que no último trimestre de 2015 estava na primeira colocação, com 39% das assinalações, passou para o quarto lugar, apontada por 31% dos empresários, acrescentou a CNI.
Segundo o levantamento, o indicador de acesso ao crédito teve queda de 2,8 pontos frente ao último trimestre de 2015 e assinalou 23,1 pontos no primeiro trimestre deste ano.
"Foi o menor valor da série iniciada no quarto trimestre de 2009. Quanto mais abaixo da linha dos 50 pontos maior e mais disseminada é a dificuldade das empresas obterem crédito", informou a CNI.
Já o indicador de preços de insumos e matérias-primas, por sua vez, ve recuando desde o primeiro trimestre de 2015.
"No entanto, como o índice está muito acima dos 50 pontos – 59,8 pontos no primeiro trimestre deste ano –, sinaliza aumento dos preços em relação ao último trimestre de 2015, embora em ritmo menor", avaliou a entidade.
Expectativas
Segundo a Confederação Nacional da Indústria, todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses ficaram abaixo dos 50 pontos em abril, o que indicam que os empresários estão "pessimistas."
"Enquanto o índice de expectativa de nível de atividade registrou 39,7 pontos, o de novos empreendimentos e serviços assinalou 37,7 pontos e o de compras de insumo ficou em 38,3 pontos neste mês. O indicador de perspectivas sobre o número de empregados foi de 38,2 pontos", informou a entidade. Valores abaixo de 50 pontos indicam pessimismo.
O índice de intenção de investimento, por sua vez, somou 23,4 pontos em abril e, com isso, atingiu pelo segundo mês consecutivo o piso da série histórica, iniciada em novembro de 2013.
"A fraca atividade do segmento, a baixa utilização da capacidade de operação e as expectativas ainda muito pessimistas inibem qualquer melhora deste indicador", avaliou a CNI por meio da sondagem da construção.
Fonte: G1
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