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É hora de financiar a casa própria?

Notícia

É hora de financiar a casa própria?

20/03/2017

Tendência de queda na taxa básica de juros deve provocar redução nos gastos com financiamento

Para quem sonha com o imóvel próprio, mas não tem tanta pressa e confiança para contrair um financiamento de imediato, a recomendação dos especialistas é de que espere mais alguns meses. Com a tendência de queda na taxa básica de juros, a Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia), a probabilidade é de que os juros do crédito imobiliário sejam reduzidos quase na mesma proporção, o que pode facilitar a vida de quem pretende financiar a casa própria no segundo semestre.

Em 22 de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou o quarto corte seguido na taxa, em 0,75 ponto percentual (de 13% ao ano para 12,25% ao ano). Na ocasião, o órgão indicou que, diante da recessão econômica e da expectativa de queda da inflação, pode realizar novos cortes nos próximos meses – ainda maiores do que o 0,75 ponto percentual da última reunião.

O consultor financeiro pessoal Rodrigo Leone, da Gestor Finanças Pessoais, acredita que, como consequência da variação da Selic, os juros para o financiamento imobiliário possam cair até dois pontos percentuais nos próximos meses, de cerca de 9% para 7% ao ano (incluindo seguros e taxas administrativas). Nessa hipótese, o financiamento de um imóvel usado de R$ 100 mil (com entrada de 20%) sairia 12,78% mais barato (veja simulação abaixo).

Pesquisa e barganha

No entanto, se a decisão for apenas tentar ganhar dinheiro com aplicações enquanto se aguarda a queda da Selic e dos juros imobiliários, esperar não faz muito sentido, porque, neste caso, o comprador pode deixar escapar a casa dos sonhos ou uma proposta imperdível. Ao mesmo tempo, assim como os juros imobiliários cairiam em razão da Selic, os ganhos com a aplicação reduziriam na mesma medida.

– Quem está vendendo imóvel tem de correr atrás e oferecer preço em função da pressa. Quem está comprando, se não tem pressa, tem uma vantagem gigante. É o dono da bola. No caso, ter prazo é mais importante para poder pesquisar, procurar boas oportunidades de negócios e buscar o imóvel de acordo com as suas necessidades – afirma Leone.

Na mesma linha de raciocínio, o consultor Paulo Di Blasi, diretor da Di Blasi Consultoria Financeira, avalia que, considerando apenas o aspecto financeiro da questão – financiando a compra no segundo semestre, ao final, se pagaria menos do que hoje – quem está procurando imóveis do tipo padrão, que costumam ser encontrados em maior quantidade e com maior espectro de preços, pode (e deve) aguardar melhores condições no segundo semestre.

Porém, caso encontre antes disso o imóvel nas características que deseja, o comprador deve buscar uma redução no preço, como forma de atenuar a possível diferença nas taxas de juros atuais e as que deverão ser aplicadas alguns meses adiante.

– Essa prevista queda de juros, de alguma forma, já está embutida nos preços, afinal, é uma referência para as operações. Se a pessoa está procurando um imóvel para moradia e acha o imóvel hoje, pode tentar negociar melhor o preço. Porque, se vai esperar o juro cair, pode perder o imóvel – aconselha Di Blasi. 


COMO FAZER UM BOM NEGÓCIO

Em primeiro lugar, se você não está com necessidade de comprar agora, não se apresse. Pesquise. Negocie. Diante de um mercado em que as vendas e os preços dos imóveis estão em queda, entenda que você é o dono da bola, a parte forte da negociação. 

A compra tem de ser planejada. Dê um prazo de seis meses até você decidir que imóvel quer adquirir. Faça simulações de quanto vai custar a prestação e tente viver sem o valor desta prestação. Exemplo: se você ganha R$ 8 mil e a prestação seria de R$ 2 mil, tente viver com os R$ 6 mil restantes.
A prestação não pode quebrar o seu equilíbrio financeiro. 

É preciso ter um limite claro de comprometimento de renda e analisá-lo ao longo do prazo de financiamento. Se possível, deve-se até deixar uma folga para eventuais imprevistos.

Uma vez escolhido o tipo de imóvel que se busca, verifique as linhas de financiamento e os tipos de taxa disponíveis para essa modalidade de crédito. Verifique se os juros que seriam aplicados são variáveis ou fixos (e como isto impactaria no seu orçamento).

Procure financiar o menor percentual possível do valor do imóvel. Quanto maior o percentual financiado, maiores são as taxas de juros, uma vez que a taxa de risco para a instituição financeira também torna-se mais elevada. 

Se você buscava havia tempo o imóvel ideal para morar e, finalmente, o encontrou, tente negociar o melhor preço possível. Por mais que exista a chance do juro cair, a possibilidade de perder o negócio é ainda 
maior. Apenas não fuja da sua condição financeira. 

FONTES: consultores Paulo Di Blasi e Rodrigo Leone


UMA SIMULAÇÃO 

Na compra de um imóvel usado de R$ 100 mil, com R$ 20 mil de entrada, o comprador pagaria hoje um total de R$ 188.300.

Taxa de 9,031% anuais, incluindo juros de financiamento (0,75% mensais), seguro contra morte e invalidez (0,018% anuais), seguro contra danos físicos ao imóvel (0,013% anuais), Taxa Referencial (0,1% ao mês) e taxa mensal de administração (R$ 25).

A A primeira das 360 prestações (30 anos de prazo) seria de R$ 822,22. 

Confirmando-se a hipótese de uma redução de dois pontos percentuais no crédito imobiliário no segundo semestre, na compra do mesmo imóvel usado de R$ 100 mil (com R$ 20 mil de entrada), o comprador pagaria um total de
R$ 164.233,33. 

Taxa de 7,031% anuais, incluindo juros de financiamento (0,58% mensais), seguro contra morte e invalidez (0,018% anuais), seguro contra danos físicos ao imóvel (0,013% anuais), Taxa Referencial (0,1% ao mês) e taxa mensal de administração (R$ 25).

A primeira das 360 prestações (30 anos de prazo) seria de R$ 688,89.

Uma vez confirmada a queda de dois pontos percentuais nos juros imobiliários no segundo semestre, o comprador economizaria R$ 24.066,67 no valor total do financiamento (12,78% a menos do que conforme as taxas atuais). A diferença entre a primeira prestação nas duas hipóteses seria de R$ 133,33.

O sistema utilizado para a simulação foi o Sistema de Amortização Constante (SAC), no qual o valor das parcelas diminui a cada pagamento. Por isso mesmo, o SAC é o tipo de financiamento mais usado por instituições financeiras para viabilizar os financiamentos imobiliários.

FONTE: calculadorafacil.com.br


Fonte: Zero Hora Encare a Crise

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