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Economia ganha refresco em 2018, mas recuperação ainda é lenta

Notícia

Economia ganha refresco em 2018, mas recuperação ainda é lenta

30/12/2018

Greve dos caminhoneiros ajudou a derrubar a indústria, os investimentos e as exportações

Sexta-feira (28) foi o último dia de funcionamento do mercado financeiro no Brasil. E o comportamento dele acompanhou os indicadores da economia. A recuperação tem sido lenta. Apenas 1,3% de crescimento do PIB em 2018 na projeção do Banco Central. Poderia ter sido melhor, não fossem os onze dias que paralisaram o país em maio.

A greve dos caminhoneiros ajudou a derrubar a indústria, os investimentos e as exportações. E nas contas do Ministério da Fazenda, comeu 1,2 ponto percentual do PIB deste ano. "Ainda assim a economia foi resiliente e está passando por um processo de recuperação com inflação baixa e uma melhora, ainda que lenta, da atividade econômica e do desemprego”, conta Jason Vieira, economista.

A inflação vai terminar o ano sob controle e mais uma vez abaixo da meta do Banco Central. No acumulado até novembro, está em 3,59%. Na conta dos últimos 12 meses, 4%. Com preços mais comportados, a taxa básica de juros chegou ao menor patamar da história. Começou o ano em 7%. Caiu para 6,75% e depois 6,5%. Desde março está estável.

Os juros mais baixos da economia ajudaram a reduzir também o custo do crediário. O consumidor aos poucos está voltando a fazer compras. Isso significa vendas maiores para as empresas. Expectativa que fez as que tem ações negociadas no mercado financeiro ganharem valor na bolsa de valores.

Em um ano de altos e baixos, com a greve dos caminhoneiros e as eleições, o Ibovespa subiu 13%. Saltou de 77 mil pontos no começo do ano para 88 mil pontos nesta sexta-feira (28).

“Nós tivemos a questão das eleições mais recentemente aqui no Brasil que gerou bastante volatilidade nos mercados. Nós temos a questão internacional. Guerra comercial da China com os Estados Unidos e tudo isso acaba por afetar o mercado e como afetou esse ano bastante”, explica o economista. O dólar subiu forte esse ano. Em setembro, chegou a R$ 4,20. E terminou 2018 valendo R$ 3,87.

Nas contas públicas, sinal de alerta. A retomada do crescimento fez aumentar a arrecadação e diminuir um pouco o tamanho do rombo. O ano de 2018 deve terminar com R$ 129 bilhões de déficit diante de uma meta de R$ 159 bilhões. Com o quinto ano seguido no vermelho, permanece o desafio de ajustar as contas do governo federal e dos estados e municípios. E de conter a trajetória de elevação da dívida pública, que já se aproxima dos 80% do PIB.

“Esse quadro que a gente tem hoje com essa estabilidade macroeconômica só pode ser mantido com reformas. Então se por exemplo o próximo presidente não consegue aprovar uma boa reforma da Previdência, ou alguma reforma da Previdência, a gente vai ter uma inflação que vai voltar a subir e vai ser muito difícil manter a taxa de juros nos patamares atuais, a tendência é até subir de forma expressiva”, diz Zeina Latif, economista.

Fonte: Jornal Nacional 

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