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Mercado Imobiliário 2019: quais são as tendências e previsões?
21/03/2019

Abecip divulgou um aumento de 30% na compra e construção de imóveis em 2018 em relação ao ano anterior
O tão esperado crescimento do mercado imobiliário em 2019 finalmente parece estar consolidado.Apesar de ainda ser o início do ano, os números do primeiro trimestre são animadores.
Em fevereiro a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou um aumento de 30% na compra e construção de imóveis em 2018 em relação ao ano anterior.
No total, segundo a entidade, foram mais de 228 mil financiamentos, sendo R$ 6,05 bilhões com recursos da poupança só em dezembro do ano passado.
De acordo com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), esse número é 24,1% maior do que o acumulado em novembro e 64,4% a mais do que no mesmo período de 2017.
Segundo os dados do SBPE, foram totalizados R$ 57,5 bilhões na compra e construção de imóveis durante todo o ano de 2018, 33% além do gasto em 2017.
Para os especialistas, esses índices significam o fim definitivo do biênio negro do setor e o franco crescimento do mercado imobiliário em 2019.
Números de 2018 superam toda a apuração toda a apuração do período de crise
Considerada termômetro da economia brasileira, a construção civil sinaliza uma sólida retomada de crescimento do mercado imobiliário em 2019 para os especialistas.
Os Indicadores da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), por exemplo, mostram 30,1% de aumento nos lançamentos residenciais no primeiro trimestre de 2018 em relação ao mesmo período de 2017. Nas vendas, por outro lado, esse índice foi de 23%.
Só em São Paulo, a Pesquisa do Mercado Imobiliário promovida pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) mostrou que foram comercializadas 29,9 mil novas unidades em 2018, 26,7% a mais do que em 2017.
Para a entidade, só esses números de 2018 já são suficientes para classificar o ano como de crescimento: eles superam toda a apuração referente ao período entre 2014 e 2017.
Os números estão alinhados com os indicadores da Empresa Brasileira de Estudo de Patrimônio (Embraesp). De acordo com eles, a quantidade de unidades lançadas também foi superior à média histórica da capital paulista (30 mil por ano).
No entanto, o mais interessante é o movimento crescente. Das 32.762 unidades lançadas, só as de novembro e dezembro correspondem a 42% do total.
Crescimento deve se manter estável no mercado imobiliário em 2019
Por outro lado, levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, para atender à demanda habitacional em todo o Brasil, será preciso haver cerca de 14 milhões de novas moradias até 2025.
A expectativa dos especialistas é que o crescimento se mantenha no mercado imobiliário em 2019, ainda que de forma estável – e, por isso mesmo, duradoura.
Segundo eles, não deverá haver um novo boom imobiliário, mas um crescimento consistente e contínuo.
Para o Secovi-SP, os preços deverão se manter no ritmo de crescimento de 2018, com um Valor Global de Vendas (VGV) em torno de 10%.
Para São Paulo, a entidade aponta como principais entraves para um crescimento maior a limitação de uso dos recursos do FGTS para novos financiamentos e os altos preços dos terrenos.
Melhor hora para investir
A expectativa do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) também é bastante parecida. Para a entidade, uma retomada mais forte do deve ocorrer no mercado imobiliário em 2019 a partir do início do segundo semestre.
Para o Sindicato, o mercado ainda está retraído por conta das condições econômicas da população, que atualmente ainda não tem dinheiro, segurança ou estabilidade para assumir dívidas a longo prazo.
Por isso mesmo, de acordo com o Sinduscon-RS, agora é a melhor hora para quem quer investir, já que os preços ainda estão baixos.
No entanto, estima-se que o melhor período para investimento dure apenas mais alguns meses. A exemplo da bolsa de valores, que já foi às alturas, o mesmo deverá ocorrer com os imóveis – e em um futuro bastante próximo.
Os especialistas consideram que as empresas da construção civil estão apenas “esquentando as máquinas” e que, com a recuperação econômica, logo os preços dos imóveis também serão recuperados.
Fim de ciclo de retração econômica
De acordo com a Coordenadoria de Projetos Imobiliários da Fundação Getúlio Vargas, 2018 significou o fim de um ciclo de 5 anos de retração econômica.
Com isso, essa é a melhor época para garantir um bom investimento com um retorno considerável em um relativo curto espaço de tempo.
Adaptado de Exame.com
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